JP Multiserviços e Reparações
Uma alternativa de sucesso que surgiu depois de um contratempo.
João Pedro Pina viu-se obrigado a deixar a carreira militar e depressa encontrou uma via alternativa na construção civil, área em que já acumulava alguma experiência. A empresa, criada com a ajuda da ALPE, foi crescendo e hoje as solicitações são mais do que a capacidade de resposta, num percurso feito com bastante apoio da sua rede mais próxima.
A carreira militar terminou abruptamente, fruto de um acidente de serviço que inviabilizou a progressão na carreira. “Era um jovem com 29 anos e tive de pensar numa alternativa de carreira profissional que me permitisse conciliar a área/serviço que gostava e as limitações com que fiquei do acidente”, conta João Pedro Pina, que decidiu criar o seu próprio negócio, a JP Multiserviços e Reparações, para poder “trabalhar na área que gosta”, a construção civil. O primeiro passo foi procurar a ALPE. “Na altura, beneficiava de subsídio de desemprego, mas não pretendia estar 'agarrado' a esse apoio durante muito tempo.
Assim, a minha esposa inteirou-se das oportunidades/apoios (incentivos que eu poderia ter) e surgiu a decisão de procurar a ALPE”, conta. Uma ajuda “extremamente importante em todo o processo” pois “além de o elucidar sobre os caminhos que poderia percorrer, ajudou-o na construção de todo o projeto para submeter ao Instituto de Emprego e Formação Profissional a fim de beneficiar do apoio de criação do próprio negócio, recorrendo ao pagamento antecipado e total do montante de subsídio de desemprego a que tinha direito”.
Um investimento concretizado na empresa que hoje dirige e numa área em que já tinha acumulado experiência. “Cresci no meio da construção civil e durante o tempo militar também desempenhei funções inerentes a esses serviço”, revela. Abriu atividade em Janeiro de 2019 e a sorte encontrou-o neste caminho. “Tive a sorte de entrar neste mundo numa altura em que a construção civil estava em alta e em que a necessidade dos meus serviços se fez notar. Além disso, estamos a falar de uma área em que não existe mão-de-obra, especialmente jovem e sinto isso quando contacto com os meus clientes. Quando me vêem, ficam admirados por ser, precisamente, um jovem”, conta. O trabalho já dados provas dadas, pois “a evolução positiva depende muito da forma como é executado. Se faço bem o meu trabalho, os clientes passam a palavra e ficam com a minha referência. Se faço mal, acabo por perder o cliente”, explica.
Durante este tempo como gestor, sente-se grato por estar “rodeado das pessoas certas que o ajudam e auxiliam ao nível da burocracia e de todo o trabalho que existe por trás do negócio. Já tive e vivi más experiências, que ainda hoje se fazem notar na evolução da minha empresa, por acreditar na honestidade e credibilidade de certas pessoas. Em termos burocráticos (contabilidade, orçamentos, faturas) entreguei essa tarefa à minha esposa, são documentos e procedimentos extremamente complexos. A minha maior dificuldade prende-se, atualmente, com o excesso de trabalho e a falta de tempo para dar resposta a todas as solicitações”, refere. Como conselhos para futuros empreendedores diz: “Rodeiem-se das pessoas certas e tenham perspetivas futuras, mas sempre com os pés bem assentes.
Aconselhem-se com as pessoas que verdadeiramente vos podem ajudar e que não se deixem enganar, nem acreditem em tudo, por bem intencionadas que as pessoas possam parecer. Em termos profissionais e práticos, sejam sempre os melhores naquilo que fazem e excelentes profissionais”.